Mahmoud Ahmadinejad
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Mahmoud Ahmadinejad | |
Presidente do Irã | |
Mandato: | 3 de agosto de 2005 atual |
Vice-presidente | Parviz Davoodi |
Precedido por: | Mohammad Khatami |
Sucedido por: | |
Nascimento: | 28 de outubro de 1956 Garmsar, Semnan |
Partido: | Sociedade Islâmica de Engenheiros |
Profissão: | Engenheiro civil |
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Biografia
Mahmoud Ahmadinejad nasceu na cidade de Garmsar, no norte do país, o quarto de sete filhos de um ferreiro. Sua família mudou-se para Teerã quando ele tinha um ano de idade.Em 1975, foi o 130° colocado nos exames nacionais para entrada na universidade. Foi aceito na Universidade de Ciência e Tecnologia do Irã (علم و صنعت ایران) no campo de Engenharia Civil. Na mesma universidade, obteve seu doutorado em 1987 no campo da Engenharia de Transportes.
No período que antecedeu a Revolução Iraniana, era um dos jovens militantes da oposição ao xá, partidários do aitolá Khomeini. Durante a Guerra Irã-Iraque (1980-1988), serviu no corpo de engenharia militar. Participou também dos serviços de espionagem e atuou como instrutor dos Basij. [1]
Ahmadinejad governou as cidades de Makd e Khoy durante quatro anos, sendo extremamente bem avaliado pela população ao final de seu mandato, e foi conselheiro do governador-geral da província de Curdistão. Tornou-se governador da província de Ardabil, em 1993, sendo destituído em 1997, pelo presidente Mohammad Khatami, num golpe até hoje pouco explicado, já que haviam suspeitas de participação da CIA.
Voltou então à vida universitária, como docente da Universidade de Ciência e Tecnologia do Irã, e a trabalhar como engenheiro civil. Nessa época, foi um dos organizadores do Ansar-e Hezbollah, um grupo popular de vigilantes islâmicos.
Ahmadinejad é membro do Conselho Central da Sociedade Islâmica de Engenheiros, e, quando foi prefeito de Teerã, entre 3 de maio de 2003 e 28 de junho de 2005, consolidou suas relações com a organização conhecida como Abadgaran-e Iran-e Islami, Aliança de Construtores do Irã Islâmico, uma base mais poderosa, da qual se tornou uma das principais personalidades. Sua administração da cidade de Teerã foi muito bem avaliada, o que consolidou seu caminho rumo à presidência do país, principalmente entre os eleitores mais necessitados, por ter constituído políticas que prezavam pelo bem-estar social dos moradores das cidades que governou.
Ganhou reputação e popularidade como linha dura, empenhado em obstruir as reformas promovidas pelo então presidente Khatami - pró-ocidente e apoiado, à época, pelo governo George W. Bush - do qual acabaria sendo o sucessor, em 2005. [2]
Na eleição presidencial de 2005, o apoio da Aliança ficou dividido entre ele e Mohammad Bagher Ghalibaf, no primeiro turno. Os membros do Conselho Municipal de Teerã também apoiaram Ahmadinejad, enquanto os deputados do Majlis apoiaram Ghalibaf.
Leal ao Líder Supremo Ali Khamenei, Ahmadinejad foi o primeiro presidente não clérigo em 24 anos, embora seja considerado ultraconservador e profundamente religioso, carismático e muito popular devido aos seus programas que visavam ao progresso econômico e às suas políticas de raiz nacionalista e de valorização da cultura persa.
No tocante aos direitos humanos, houve denúncias de aumento das violações, notadamente contra os curdos, durante o governo de Ahmadinejad. [3]
Provocou profunda comoção internacional, ao colocar em dúvida as reais dimensões do Holocausto dos judeus. Durante entrevista à rede americana ABC, em 2007, declarou que "o direito de Isrel existir é uma questão para os palestinos," citando o caso da desintegração da União Soviética por decisão dos diferentes povos que a integravam. "Com base na carta das Nações Unidas, deixem os palestinos decidirem." Acusa Israel de massacres contra os palestinos, de expulsá-los de suas terras e de dividir suas famílias. [4]
Tem ganho um enorme protagonismo na cena internacional devido à sua política energética, que visa o desenvolvimento de energia nuclear. Ahmadinejad defende o programa nuclear iraniano: "Vamos prosseguir com nosso caminho dentro do marco da Agência Internacional de Energia Atômica AIEA", declarou, ao mesmo tempo que pediu o "desarmamento nuclear global". Declarou-se disposto a dialogar com todos os países do mundo - exceto Israel - assegurando que o programa tem fins pacíficos. No entanto, os Estados Unidos, Israel e alguns dos principais da União Europeia suspeitam que o programa nuclear civil seja apenas disfarce para um suposto projeto militar paralelo de desenvolver armas nucleares. O grupo de países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha chegou a oferecer a suspensão de parte das sanções existentes contra o Irã, em troca da interrupção de seu programa nuclear, mas a proposta foi rejeitada pelo governo iraniano. [5] [6]
Durante meados desse ano o Irã juntou-se a vários países e rechaçou veementemente os lançamentos de mísseis realizados pela Coréia do Norte, numa reafirmação de seu desejo de seguir com seu programa de energia nuclear para fins pacíficos, num país de poucos rios.
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